quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Kill Bill (Quentin Tarantino)






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Kill Bill é um filme nipo-americano de 2003 e 2004, o quarto do roteirista e diretor Quentin Tarantino. Originalmente concebido como um único filme, foi lançado em dois volumes (nos EUA, Kill Bill: Volume 1 no outono de 2003 e Kill Bill: Volume 2 na primavera de 2004), devido à sua duração de aproximadamente quatro horas. O filme é um drama fictício de vingança, que homenageia antigos gêneros, tais como filmes antigos asiáticos de kung fufilmes japoneses de samuraiwestern spaghettiitalianotrashanime, uma grande referência à música popular e cultura pop; e alta violência deliberada.
As gravações ocorreram nos Estados UnidosMéxicoJapão e ChinaKill Bill conta a história de vingança de Beatrix Kiddo, interpretada por Uma Thurman, contra seus ex-parceiros do Esquadrão Assassino de Víboras Mortais", que tentaram assassiná-la no dia do ensaio do seu casamento. O filme foi lançado em DVD nos EUA em 13 de abril de 2004, no Brasil o filme só chegou em 25 de setembro, já em Portugal, o filme foi lançado em um Box Duplo em 7 de outubro do mesmo ano.

Sinopse geral

Kill Bill conta a história de vingança da Noiva/Beatrix Kiddo (The Bride/Beatrix Kiddo) interpretada por Uma Thurman contra seus ex-parceiros do Deadly Viper Assassination Squad (Esquadrão Assassino de Víboras Mortais)". Há várias referências à cultura pop, ao gênero Western Spaghettitrashblaxploitationanime e filmes antigos asiáticos de samurai e kung fu (Wuxia).
Quentin Tarantino ofereceu a protagonista de Kill Bill a Uma Thurman em 2000, como presente de aniversário de 30 anos. O diretor teve a ideia do roteiro quando realizou Pulp Fiction, também estrelado pela atriz.[1]

Estrutura

Kill Bill está dividido em 10 capítulos (5 por volume) e, como costuma ocorrer com filmes do diretor Tarantino, é contado fora de ordem cronológica:
Ordem do FilmeOrdem Cronológica
Capítulo 1: (2)Capítulo 8: O Cruel Treinamento de Pai Mei
Capítulo 2: A Noiva EnsangüentadaCapítulo 6: Massacre em Two Pines
Capítulo 3: A Origem de O-RenCapítulo 2: A Noiva Ensangüentada
Capítulo 4: O Homem de OkinawaCapítulo 3: A Origem de O-Ren
Capítulo 5: Confronto na Casa das Folhas AzuisCapítulo 4: O Homem de Okinawa
Capítulo 6: Massacre em Two PinesCapítulo 5: Confronto na Casa das Folhas Azuis
Capítulo 7: O Solitário Túmulo de Paula SchultzCapítulo 1: (2)
Capítulo 8: O Cruel Treinamento de Pai MeiCapítulo 7: O Solitário Túmulo de Paula Schultz
Capítulo 9: Elle e EuCapítulo 9: Elle e Eu
Capítulo 10: Cara a CaraCapítulo 10: Cara a Cara

[editar]Resumo

[editar]Kill Bill: Volume 1

Kill Bill Vol. 1
Kill Bill - A Vingança: Vol. 1[2] (PT)
Kill Bill - Volume 1 (BR)
 Estados Unidos
 Japão

2003 •  COR •  111 min 
Produção
DireçãoQuentin Tarantino
RoteiroUma Thurman
Quentin Tarantino
Elenco originalUma Thurman
David Carradine
Lucy Liu
Vivica A. Fox
Michael Madsen
Daryl Hannah
Julie Dreyfus
Gordon Liu
Chiaki Kuriyama
Géneroação
aventura
Idioma originalinglês
LançamentoBrasil 23 de abril de 2004

IMDb(inglês) (português)
Projeto Cinema  • Portal Cinema
O filme começa com um homem, Bill, caminhando, no chão há cápsulas de balas e vários corpos, ele vai até Beatrix, que está ensangüentada e ferida, e lhe dá um tiro na cabeça, deixando-a para morrer.
Nesta primeira parte o diretor exerce seu poder ao criar uma obra com violência caricata impressionante. Há pitadas de humor e muita ação. Inicia com um provérbio Klingon já denunciando o tom do filme: "Revenge is a dish best served cold.", algo como "A vingança é um prato que se come frio".
Ou seja, é um filme sobre vingança. Esta parte da obra mostra a vingança da Noiva contra Vernita Green (Vivica A. Fox) e O-Ren Ishii (Lucy Liu). Há explicações de o que aconteceu após ela ficar 4 anos em coma, sobre o passado de O-Ren Ishii (em anime), onde ela conseguiu a espada Hattori Hanzo e cenas de luta bem coreografadas com destaque para a travada contra Go-Go Yubari(Chiaki Kuriyama), além de uma apresentação musical do grupo de rock japonês, "The 5.6.7.8's".

[editar]Kill Bill: Volume 2

Kill Bill Vol. 2
Kill Bill - A Vingança: Vol. 2[3] (PT)
Kill Bill - Volume 2 (BR)
 Estados Unidos
2004 •  COR •  136 min 
Produção
DireçãoQuentin Tarantino
RoteiroUma Thurman
Quentin Tarantino
Elenco originalUma Thurman
David Carradine
Lucy Liu
Vivica A. Fox
Michael Madsen
Daryl Hannah
Julie Dreyfus
Gordon Liu
Chiaki Kuriyama
Géneroação
aventura
Idioma originalinglês
LançamentoBrasil 8 de outubro de 2004

IMDb(inglês) (português)
Projeto Cinema  • Portal Cinema
O volume 2, diferentemente do primeira parte, possui menos cenas violentas; há uma preferência pelas falas dos personagens, uma das característica do diretor Tarantino. Neste filme a lista da Noiva vai diminuindo, começando por Budd (Michael Madsen) eElle Driver (Daryl Hannah).
Descobrimos também o nome verdadeiro da Noiva, como ela aprendeu a manejar uma espada em cenas muito bem humoradas com o mestre Pai Mei (Gordon Liu) e também vemos a personagem principal ser enterrada viva. O destaque fica para o confronto com Bill no final do filme, interpretado por David Carradine e também pela atuação da estreante Perla Haney-Jardine no papel de B.B.

Influências

Toda a história de Kill Bill - uma mulher que busca vingança de um grupo de pessoas, marcando-as em uma lista e matando um por um - é adaptado do filme japonês de 1973Lady Snowblood, no qual uma mulher mata a gangue que assassinou sua família. O jornal britânico The Guardian comentou que Lady Snowblood foi "praticamente um modelo para todo o Kill Bill Volume 1".
O enredo é bastante semelhante ao filme A Noiva Estava de Preto (1968), de François Truffaut, no qual cinco homens tornam uma jovem viúva no dia de seu casamento. Ela quer vingança, matando metodicamente cada um dos cinco homens usando vários métodos.
Kill Bill presta homenagem ao western spaghettiblaxploitation, "wuxia" chinês e filmes japoneses de artes marciais, e filmes de kung fu dos anos 60 e 70. Este último gênero, que foi produzido em grande parte pelos Shaw Brothers, é dado como óbvio pela inclusão do logo Shaw Scope logo no começo de Kill Bill: Volume 1.
Um influente filme de exploração que Tarantino mencionou em entrevistas é o sueco Thriller - En Grym Film, lançado nos EUA como They Call Her One Eye. Tarantino recomendou que a atriz Daryl Hannah assistisse o filme para se preparar para seu papel como a assassina de um olho Elle Driver.
A série japonesa de mangá e filmes Lobo Solitário e Filhote são ecoadas nos personagens de A Noiva e sua filha. A versão de compilação americanizada de Shogun Assassin, é na verdade vista pelas duas personagens.
Os créditos finais de Kill Bill: Vol 2 incluem uma pequena lista de diretores, escritores e atores, sob o título "RIP", incluindo Sergio LeoneSergio CorbucciLee Van Cleef, e de vários diretores de artes marciais.

[editar]Prêmios

Cada filme foi indicado ao Globo de Ouro. Uma Thurman recebeu uma indicação para melhor atriz - drama em 2004 e em 2005 por seu trabalho no Volume 1 e Volume 2. David Carradine recebeu uma indicação para melhor ator coadjuvante em 2005 pelo Volume 2. O filme foi muito popular no MTV Movie Awards. No MTV Movie Awards de 2004, Uma Thurman venceu melhor atriz pelo Volume 1, Lucy Liu venceu Melhor Vilão no Volume 1 e a luta entre A Noiva e Gogo Yubari venceu melhor luta. No MTV Movie Awards de 2005,Kill Bill Vol. 2 foi indicado para melhor filme, Thurman foi indicada para melhor atriz, e a luta entre A Noiva e Elle Driver também ganhou Melhor Luta. Uma Thurman também recebeu um Saturn Award por sua atuação no Volume 1.

[editar]Música

Como é comum em filmes de Tarantino, Kill Bill apresenta uma trilha sonora eclética, composta de muitos gêneros musicais. Nas duas trilhas sonoras, as músicas variam de música country para seleções de spaghetti western pontuada por Ennio Morricone. O tema de Bernard Herrmann do filme Twisted Nerve é assobiado pela temível Elle Driver na cena do hospital. Quando A Noiva entra na Casa das Folhas Azuis, o grupo go-go The 5.6.7.8's toca "I Walk Like Jayne Mansfield", "I'm Blue" e "Woo Hoo". A conexão com Lady Snowblood é ainda estabelecida pelo uso de "The Flower of Carnage" no tema final do filme e tambem nao podemos esquecer Gheorghe Zamfir The na bela canção "Lonely Shepherd". Também toca a música "Shot Me Down", no começo do Vol. 1. Em geral as músicas de ambos os volumes apresentam um ritmo pesado de deixar arrepiado que combina muito com o filme o que também justifica o fato da trilha sonora ter sido tão aclamada e considerada por muitos uma das melhores dos últimos tempos.

[editar]Trilha sonora

Kill Bill volume 1
  1. Nancy Sinatra - Bang Bang (My Baby shot me Down)
  2. Charlie Feathers - That Certain Female
  3. Luis Bacalov - The Grand Duel (Parte Prima)
  4. Bernard Herrmann - Twisted Nerve
  5. Lucy Liu and Julie Dreyfus - Queen of the Crime Council
  6. Vince Tempera & Orchestra featuring The RZA - Ode to Oren Ishii (aka 7 Notes in Black)
  7. Isaac Hayes - Run, Fay, Run
  8. Al Hirt - Green Hornet
  9. Tomoyasu Hotei - Battle without Honor or Humanity
  10. Santa Esmeralda starring Leroy Gomez - Don't let me be Misunderstood (Esmeralda Suite)
  11. The 5.6.7.8's - Woo Hoo
  12. The RZA - Crane / Charles Bernstein - White Lightning
  13. Meiko Kaji - The Flower of Carnage (Dai Gyakusatsu no Hana)
  14. James Last & Gheorghe Zamfir - The Lonely Shepherd
  15. David CarradineJulie Dreyfus and Uma Thurman - You're my Wicked Life
  16. Quincy Jones - Ironside (excerpt)
  17. Neu! - Super 16 (excerpt)
  18. The RZA - Yakuza Oren 1
  19. The RZA - Banister Fight
  20. The RZA - Flip Stings
  21. The RZA - Sword Swings
  22. The RZA - Axe Throws
Kill Bill volume 2
  1. Uma Thurman - A Few Words from the Bride
  2. Shivaree - Goodnight Moon
  3. Ennio Morricone - Il Tramonto
  4. Charlie Feathers - Can't Hardly stand it
  5. Lole y Manuel - Tu Mirá (edit)
  6. Luis Bacalov - The Summertime Killer
  7. Alan ReevesPhil Steele and Philip Brigham - The Chase
  8. David Carradine and Uma Thurman - The Legend of Pai Mei
  9. Ennio Morricone - L'Arena
  10. Johnny Cash - A Satisfied Mind
  11. Ennio Morricone - A Silhouette of Doom
  12. Malcolm McLaren - About Her
  13. David Carradine and Uma Thurman - Truly and Utterly Bill
  14. Chingon - Malagueña Salerosa
  15. Meiko Kaji - Urami Bushi / The Wu-Tang Clan - Black Mamba

[editar]Lançamentos

[editar]Lançamento em DVD

Nos Estados Unidos, Kill Bill: Volume 1 foi lançado em DVD, em 13 de abril de 2004 enquanto o Volume 2 foi lançado em 10 de agosto de 2004. Em maio de 2008, só os DVDs básicos foram lançados, quase sem material especial.
Em uma entrevista de 2005, Tarantino dirigiu-se à falta de uma edição especial. "Eu tenho interesse, pois trabalho há tanto tempo nisso, que eu só queria um ano fora de Kill Bill e, em seguida, vou fazer um grande pacote suplementar em DVD".
Os Estados Unidos não tem um DVD embalado conjunto do Kill Bill, embora o box dos dois volumes separados estejam disponíveis em outros países, como França, Japão e Reino Unido. Após o lançamento do Volume 2 nos EUA, no entanto, a Best Buy ofereceu um box exclusivo para casa dos dois volumes juntos.
O trabalho parece ser contínuo sobre o lançamento de uma edição especial sobre Uma Thurman comentando para MTV em abril de 2008 que "Agora ele está colocando os dois filmes juntos com um intervalo com uma sequência em anime que ele já tinha escrito. Logo, novas histórias estão lá, em animação."

[editar]Edição japonesa

Enquanto a edição americana mostra parte da violenta batalha na "Casa das Folhas Azuis" em preto-e-branco, a versão japonesa nos mostra tudo em cores. Além disso, a edição japonesa inclui muitos extras de violência distribuidos ao longo do filme, principalmente na sequência em anime e no confronto na "Casa das Folhas Azuis". Além disso, a fita japonesa também mostra a Noiva cortando o outro braço de Sofie Fatale durante seu interrogatório. Alguns dizem que há um erro de continuidade porque parece que o braço de Sofie ainda está com ela quando ela está rolando pelo monte, mas na verdade são torniquetes, aplicados pela Noiva para se certificar de que Sofie não sangre até a morte. Estes cortes foram feitos para a versão dos Estados Unidos, a fim de evitar uma classificação para 17 anos.
Em Kill Bill: Volume 2, o único extra na fita japonesa é um de 45 segundos do bordel mexicano, mostrando basicamente filmagens extra da configuração.
A citação "Vingança é um prato que se come frio" (sendo atribuído como um antigo provérbio klingon, em referência a Star Trek II: The Wrath of Khan) no começo do Volume 1, foi substituída por um tributo ao cineasta japonês Kinji Fukasaku:
Este filme é dedicado ao principal cineasta.
Kinji Fukasaku 1930-2003



Fonte completa (aqui).



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Slash





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Slash


Slash
Slash 1.jpg
Informação geral
Nome completoSaul Hudson
Nascimento23 de julho de 1965 (47 anos)
Local de nascimentoHampsteadLondresInglaterra
 Reino Unido
Gênero(s)Hard rockblues-rockheavy metal
Ocupação(ões)Guitarrista
Instrumento(s)Guitarraviolão
Modelos de instrumentosGibson Les Paul
Período em atividade1981 - presente
Outras ocupaçõesMúsicocompositorprodutor musicalprodutor cinematográfico
Gravadora(s)GeffenRCARoadrunnerEMI,KochUZI Suicide
Afiliação(ões)Guns N' RosesVelvet Revolver,Slash's SnakepitSlash's Blues BallMyles Kennedy
Página oficialSlashOnline.com
Saul Hudson (Londres23 de julho de 1965), conhecido pelo seu nome artístico Slash, é um guitarrista britânico-americano mundialmente famoso como membro original da banda de hard rock Guns N' Roses, com quem alcançou sucesso mundial no final da década de 1980 e início dos anos 90. Em sua carreira posterior, Slash integrou algumas outras bandas de diversos estilos, bem sucedidas em sua maioria, e em 2010 iniciou uma carreira solo lançando dois discos e estando atualmente em sua segunda turnê mundial.
Slash completou a formação original do Guns N' Roses em 1986 e, no ano seguinte, o grupo lançou seu primeiro disco, Appetite for Destruction, que não teve nenhum grande impacto inicial, mas acabou ganhando grande popularidade com o tempo, transformando-se em um sucesso de vendas e consolidando a carreira do grupo. Em 1991, o conjunto lança seu novo disco dividido em duas partes, Use Your Illusion I e Use Your Illusion II, e apesar dos álbuns terem atingido grande sucesso, o relacionamento de Slash com o vocalista, Axl Rose, se deteriorou com o passar dos anos e o guitarrista deixou o grupo em 1996. Nos anos seguintes, Slash trabalhou com seu projeto independente, Slash's Snakepit, mas os problemas com drogas do músico e a péssima conduta dos demais integrantes levaram ao fim do grupo em 2001. Slash formou uma nova banda em 2004, Velvet Revolver, e apesar do sucesso alcançado, a saída do vocalista Scott Weiland encerrou a carreira do grupo. Em 2010, Slash assinou contrato para um carreira sob seu próprio nome e lançou seu primeiro disco, Slash, produzido ao lado de vários músicos, e acompanhado por uma banda de apoio o guitarrista realizou uma turnê mundial entre 2010 e 2011. Em 2012, o músico lançou seu novo disco, Apocalyptic Love, e iniciou uma nova turnê ainda sem data de encerramento prevista.
Slash tem recebido elogios da crítica como um guitarrista desde o início de sua carreira, recebendo diversos prêmios e homenagens até hoje. A revista Time nomeou-o vice-campeão em sua lista de "Os 10 Melhores Guitarristas ​​em 2009, enquanto aRolling Stone o colocou em sexagésimo quinto lugar em sua lista de "Os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos" em 2011. Também, a Guitar World classificou seu solo em "November Rain" em sexto lugar na sua lista de "Os 100 Melhores Riffs de Guitarra" em 2008, e a Total Guitar colocou seu riff de "Sweet Child o' Mine" em primeiro lugar na sua lista de "100 Maiores Riffs" em 2004. Em julho de 2012, Slash recebeu uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, em Los Angeles, onde o músico cresceu.

Infância e adolescência

Slash, batizado de Saul Hudson, nasceu em Hampstead, uma área nobre da cidade de Londres, na Inglaterra, em 23 de julho de 1965, filho de Ola Oliver, uma figurinista afro-americana, e Anthony Hudson, um pintor e desenhista inglês, e contrário ao que a mídia geralmente reporta, Ola não era residente da Nigéria e Anthony não era judeu.[1] Durante seus primeiros anos, Slash foi criado por seu pai e avós paternos em Stoke-on-Trent, uma vila inglesa no condado de Staffordshire, e mais tarde contou que seu pai e seu avô tinham graves discussões devido ao envolvimento de Anthony com uma mulher negra, mas que ele nunca testemunhou nenhuma delas.[2] Quando tinha cinco anos, Slash e seu pai juntaram-se a Ola em Los Angeles, no estado americano da Califórnia, onde ela mantinha um bem-sucedido emprego como figurinista, trabalhando ao lado de artistas comoDavid BowieRingo Star e John Lennon, e Anthony, aproveitando os contatos musicais da esposa, tornou-se um popular criador de capas de discos, trabalhando para artistas como Neil Young e Joni Mitchell.[3] Devido ao envolvimento de seus pais com o ramo da música, Slash conheceu diversos astros do rock and roll durante a infância, o que, segundo ele, foi fundamental para sua formação artística.[3]
Quando Slash tinha sete anos, seu irmão, Albion Hudson, nasceu, e eles sempre tiveram uma ótima relação desde pequenos, pois Slash adorava tomar conta do irmão e eles sempre foram grandes amigos nos tempos de escola.[4] Apesar da boa situação financeira, a relação de Ola e Anthony se deteriorou com o passar do tempo devido aos grandes períodos de tempo que eles passavam separados devido ao trabalho de Ola, e Anthony era ressentido devido ao sucesso da esposa e também nunca aprovou o envolvimento de sua sogra na criação das crianças, o que levou à uma separação e posteriormente ao divórcio em 1974.[5] Após a separação, Slash e Albion foram morar com Ola em uma nova casa, e passavam longos períodos de tempo com sua avó, também chamada Ola, enquanto sua mãe estava viajando a trabalho, e Anthony passou por diversos distúrbios emocionais e sofreu de um grave problema de alcoolismo por um tempo, por isso Slash raramente viu seu pai nos anos que se seguiram ao divórcio.[5]
A separação de seus pais levou a Slash a se comportar como uma "criança problema", como ele mesmo se descreveu, e seu comportamento rebelde o levou a sucessivas expulsões de escolas, o garoto também começou a realizar furtos, desde roupas e discos até cobras, seu animal favorito, e ele foi flagrado apenas uma vez ao tentar roubar uma loja em que sua mãe era uma cliente assídua.[6] Seu melhor amigo na adolescência, Steven Adler, posteriormente tornou-se o baterista original do Guns N' Roses, e Slash recebeu esse apelido de Seymour Cassel, um amigo de seu pai, pois segundo Seymour, o garoto estava sempre "apressado" (slashed, em inglês), e com o tempo, os filhos de Seymour começaram a chamá-lo de Slash na rua e na escola e esse rapidamente tornou-se seu apelido e posteriormente ele foi adotado pelo guitarrista como seu nome artístico.[6]

[editar]Casamentos e família

Slash casou-se pela primeira vez em 10 de outubro de 1992 com a modelo e atriz Renée Suran na praia de Marina del Rey, na Califórnia. Os dois já tinham um longo relacionamente àquela altura, tendo se conhecido três anos antes do casamento.[7] Slash e Renée sempre tiveram um relacionamento conturbado por diversas razões, principalmente devido ao fato de Slash estar sempre viajando com o Guns N' Roses e nunca ser fiel na estrada, e também Renée era uma mulher ressentida por sua carreira não ter o sucesso que ela desejava.[7] Slash revelou que se casou apenas pela pressão que Renée fazia e também por que se sentia solitário na época, mas já disse nunca tê-la amado verdadeiramente.[8] Os dois se divorciaram em 1997 e depois disso nunca mais se viram de novo.[8]
Na véspera de seu primeiro casamento, Slash passou a noite com uma mulher chamada Perla Ferrar, por quem ele sentia um forte atração que, segundo ele, se transformou emamor rapidamente, e após o divórcio de Slash com Renée, ele e Perla iniciaram um relacionamento que se estendeu por um longo tempo, e eles se casaram em 15 de outubro de 2001 em uma cerimônia no Havaí.[9] O casal hoje tem dois filhos, London Emilio, nascido em 28 de agosto de 2002, e Cash Anthony, nascido em 23 de junho de 2004.[10][11] Em agosto de 2010, Slash entrou com o pedido de divórcio contra Perla, mas reconsiderou pouco tempo depois, descrevendo a ação como "precipitada e impensada",[12] e em 30 de agosto de 2011 o casal renovou seus votos de casamento em uma cerimônia realizada na Ilha de Ibiza, na Espanha, com a presença de familiares e dos amigos mais íntimos.[13]Atualmente, a família vive na cidade de Los Angeles, na Califórnia.[11]

[editar]Envolvimento com drogas e problemas de saúde

Além da música, Slash também é conhecido devido ao seu contínuo envolvimento com drogas e bebidas alcoólicas, tendo começado a fumar cigarros e ingerir álcool já na adolescência, com cerca de doze anos, e também fumava maconha ocasionalmente, mas só se tornou dependente químico quando já era integrante do Guns N' Roses, desenvolvendo um grande vício em heroína, que também começou a afetá-lo profissionalmente, pois sem uma alta dose da droga ele não conseguia tocar guitarra direito, por isso estava sempre drogado e alterado, o que deteriorou sua saúde rapidamente.[14][15] O guitarrista passou por diversas clínicas de reabilitação nos anos 90, mas nenhuma internação surtiu efeito pois ele se recusava a cooperar, e sempre deixava a clínica antes do previsto.[15] Slash, no entanto, teve apenas uma grave overdose, que ocorreu quando o Guns N' Roses e o grupo Metallica estavam realizando uma turnê de estádios em 1992;[16] o guitarrista consumiu uma mistura de heroína com crack e cocaína e perdeu totalmente os sentidos, chegando a ter uma parada cardiorrespiratória por alguns segundos, mas se recuperou totalmente e prosseguiu com a turnê normalmente.[16]
Durante seus últimos anos no Guns N' Roses, os problemas de Slash com bebida pioraram e ele desenvolveu uma grave dependência alcoólica, ingerindo mais de três garrafas devodca por dia, e depois que ele deixou o Guns e passou a se dedicar ao seu projeto próprio, o Slash's Snakepit, esse vício afetou gravemente seu desempenho musical e durante a última turnê do grupo ele sofreu um ataque cardíaco durante um ensaio na cidade de Pittsburgh, acordando duas semanas depois em um hospital.[17] Nesse período em que esteve desacordado, Slash foi diagnosticado com miocardiopatia, pois o alcoolismo e o abuso de drogas fez com o que coração do guitarrista se deteriorasse quase ao ponto da ruptura e os médicos lhe deram apenas seis dias de vida após ele recobrar os sentidos, mas ele conseguiu se recuperar atrás de fisioterapia física e descanso mental, e os médicos instalaram um pequeno desfibrilador em seu coração para monitorar seus batimentos, e o músico conseguiu estar apto para se apresentar após alguns meses de exercícios.[17] e em 2009, sua mãe morreu de câncer de pulmão, Mas mesmo assim ele continuou Fumando Cigarros.[18]

[editar]Carreira


Formação musical (1981-1984)

Slash sempre foi um grande fã de rock and roll e heavy metal desde criança, e quando ele era adolescente sua banda favorita era o Aerosmith, e foi por causa dessa banda que Slash e seu amigo Steven Adler decidiram formar um grupo no qual Slash seria baixista, mas quando começou a frequentar uma escola de música e ouviu seu professor tocarguitarra pela primeira vez, ele decidiu que também queria tocar guitarra definitivamente.[19]
O guitarrista formou sua primeira banda, Tidus Sloan, em 1981, ao lado de alguns colegas de escola, sem vocalista, e eles se apresentavam em pequenos eventos fazendo versões instrumentais de canções famosas.[20] Em 1983, ele e Steven formaram a banda Road Crew, nome baseado na a canção do Motörhead, "(We Are) The Road Crew".[20]Slash colocou um anúncio num jornal à procura de um baixista e recebeu uma resposta de Duff McKagan, que se juntou ao grupo, e eles fizeram audições com uma série de cantores mas não encontraram ninguém adequado, e o grupo se separou.[20] Pouco tempo depois, Slash se juntou a uma banda local chamada Hollywood Rose, que contava com o vocalista Axl Rose e o guitarrista Izzy Stradlin, permanecendo nesse grupo pouco tempo.[20] Após algumas semanas, o Hollywood Rose se fundiu com a banda L.A. Guns, e Axl criou o nome "Guns N' Roses", a princípio um conjunto formado por Axl, Izzy Stradlin, Tracii Guns e Rob Gardner, e posteriormente por Duff McKagan.[20]

[editar]Com Guns N' Roses (1985-1996)

Pouco tempo após a criação de Guns N' Roses, Axl Rose teve um grande desentendimento com o guitarrista Tracii Guns, que acabou deixando a banda, e Axl convidou Slash para substituí-lo.[21] Após poucos ensaios, a banda decidiu sair em uma pequena turnê pela costa americana, de Los Angeles até Seattle, mas antes do início das apresentações o baterista Rob Gardner deixou o grupo e foi então substituído por Steven Adler.[21] A viagem acabou sendo um fiasco pois o carro em que o grupo viajava parou de funcionar logo após a saída de Los Angeles, e o grupo chegou em Seattle pegando carona com diversos desconhecidos, conseguindo realizar apenas o último concerto marcado, no clube Gorilla Gardens de Seattle.[20] Após a volta para Los Angeles, o grupo começou a se apresentar em clubes locais regularmente, chamando a atenção de vários empresários de gravadoras, e após um longo período de indecisão o grupo assinou contrato com a Geffen Records em 1986.[20]

O cantor Axl Rose, líder do Guns N' Roses. Slash e Axl não se falam desde 1996 após a conturbada saída de Slash do grupo.
Após um longo período, a banda finalmente lançou seu álbum de estreia, Appetite for Destruction, em 21 de julho de 1986, sendo que o disco não fez nenhum grande sucesso inicial.[22] Agenciados pela Geffen, o grupo começou uma turnê promocional longa, sendo que a maioria das apresentações foram abertura para outros artistas e bandas, incluindo grandes nomes do rock and roll como AerosmithAlice CooperMötley CrüeIron Maiden e outros.[20] Conforme a exposição da banda aumentava, também cresciam as vendas de Appetite for Destruction, que em 1988 atingiu o topo da Billboard 200,[23] a principal parada musical dos Estados Unidos, e hoje em dia o disco já vendeu mais de dezoito milhões de cópias só nos Estados Unidos,[24] sendo um dos álbuns de rock mais importantes da música por trazer clássicos como "Sweet Child O'Mine", "Welcome to the Jungle", "Nightrain" e outros.[22] O sucesso do disco gerou uma grande demanda para outros lançamentos, por isso o grupo lançou o EP G N' R Lies em 1988, que vendeu mais de cinco milhões de cópias só nos Estados Unidos, mesmo com apenas quatro de suas oito faixas sendo inéditas até então.[25] Algum tempo depois, Steven Adler foi demitido da banda devido aos seus constantes problemas com drogas, o que afetou a produtividade do conjunto, e foi substituído por Matt Sorum.[26]
Após uma longa pausa, o Guns N' Roses lançou seu segundo álbum em 1991, dividido em duas partes, Use Your Illusion I e Use Your Illusion II,[27][28] que chegaram ao segundo e ao primeiro lugar da Billboard 200 respectivamente e ao mesmo tempo.[29][30] Em maio daquele ano, a banda iniciou a longa e lucrativa Use Your Illusion Tour, uma turnê de arenas e estádios que levou o grupo a dezenas de países e durou dois anos e meio.[31] No entanto, essa turnê foi uma época de muitos problemas internos para o grupo devido ao comportamento desrespeitoso de Axl Rose segundo os demais integrantes, pois o cantor sempre atrasava horas para subir ao palco e controlava a banda arbitrariamente, o que deteriorou a relação entre ele e os demais rapidamente.[31] Em novembro, ainda no mesmo ano, Izzy Stradlin deixou o grupo devida a essas desavenças, e foi substituído por Gilby Clarke, mas depois que a turnê acabou, Gilby também foi demitido por Axl, que sempre o considerou apenas um funcionário contratado.[31]
Em 1994, Slash criou um projeto paralelo chamado Slash's Snakepit, que alcançou um sucesso considerável e permitiu que o guitarrista realizasse turnês independentes, mas em 1996 ele recebeu ordens da Geffen Records de voltar para Los Angeles pois Axl queria iniciar as gravações do próximo álbum do Guns N' Roses, o que descontentou Slash profundamente.[32] Naquela época, a relação de Slash e Axl estava muito desgastada devido ao comportamento egoísta do cantor, segundo Slash, e o guitarrista também odiava o modo com que Axl administrava a banda, tomando todas as decisões sozinho, por isso Slash finalmente deixou a banda ao fim daquele ano, passando a se dedicar ao Snakepit em tempo integral.[32] Duff McKagan e Matt Sorum também deixaram a banda pouco tempo depois, e hoje em dia Axl continua cantando na banda com uma nova formação de músicos de apoio.[22]

[editar]Snakepit e Blues Ball (1994-2002)


Slash durante um evento beneficente nos Estados Unidos.
Em 1994, Slash formou o Slash's Snakepit, um projeto paralelo que contou com seus até então colegas no Guns N' Roses, Matt Sorum eGilby Clarke na bateria e guitarra-base respectivamente, assim como Mike Inez no baixo e Eric Dover nos vocais.[33] A banda gravou um material que Slash havia composto originalmente para o Guns N' Roses, e as canções foram lançadas no álbum It's Five O'Clock Somewhere, lançado pela Geffen em 1995.[34] O álbum recebeu aclamação pela crítica especializada por ignorar as convenções então popular de música alternativa, e o disco também teve um sucesso comercial acima do esperado, vendendo mais de um milhão de cópias só nos Estados Unidos.[32] A banda então iniciou uma turnê promocional na América do Norte com apresentações em clubes e teatros, mas em 1996 Slash teve de encerrar as atividades do grupo devido a pressão que a Geffen fazia para que ele se juntasse a Axl Rose para compor um novo álbum para o Guns N' Roses, mas Slash deixou a banda no fim daquele ano.[32]
Em 1997, Slash recebeu uma proposta para fazer um concerto em um festival de jazz em Budapeste, na Hungria, e o guitarrista aceitou imediatamente, montando um grupo de apoio com o baixista Johnny Griparic e criando um repertório com canções de blues rock e jazz rock e canções de artistas como BB King e Otis Redding.[35] Slash chamou esse grupo de Blues Ball e após o concerto na Hungria, a banda recebeu várias outras propostas e realizou apresentações por quase dois anos.[35] Ao fim desses concertos, Slash decidiu formar uma nova versão do Snakepit com Johnny Griparic e outros músicos de apoio, e a banda então assinou um contrato com a Koch Records e lançou o álbum Ain't Life Grand em 2000.[36] O disco acabou recebendo avaliações menos favoráveis da crítica e também teve um desempenho comercial fraco pois a Koch não investiu muito em propaganda, mas mesmo assim a banda iniciou uma longa turnê promocional que começou com uma série de apresentações como abertura para a banda de hard rock AC/DC em 2001, e depois o Snakepit iniciou sua própria série de apresentações em clubes e teatros.[33]
Nessa época, a saúde de Slash estava muito debilitada devido ao seu grave alcoolismo, e o guitarrista sofreu um sério ataque cardíaco e teve de passar vários meses sem fazer esforço físico, mas conseguir ficar apto para se apresentar novamente com muita fisioterapia, e o guitarrista se determinou a cumprir as datas do Snakepit que haviam sido adiadas, mas ele andava insatisfeito com o comportamento irresponsável dos outros membros do grupo, por isso, quando a turnê acabou em 2002, os músicos se separaram e o Snakepit foi permanentemente encerrado.[33]

[editar]Velvet Revolver (2002-2008)


Slash e Scott Weiland ao vivo com Velvet Revolver na Inglaterra em 2008.
Em 2002, Slash se reuniu com Duff McKagan e Matt Sorum para um concerto em homenagem a Randy Castillo, um baterista que falecera vítima de câncer pulmonar.[37] Após a apresentação, Slash percebeu que eles poderiam criar algo interessante juntos, e convidaram Dave Kushner, que já havia tocado com Duff anteriormente, para se juntar ao grupo.[37] Por muitos meses, os quatro procuraram um vocalista através de fitas demo enviadas por milhares de candidatos, mas acabaram contratando Scott Weiland, doStone Temple Pilots.[38]
Em 2003, o grupo adotou o nome Velvet Revolver e durante o verão foi lançado seu primeiro single, "Set Me Free", mais foi apenas em 2004 que eles lançaram seu álbum de estreia, Contraband, que chegou ao topo da Billboard 200, e o grupo realizou uma longa turnê promocional.[39] Após a turnê, a banda iniciou um hiato para descansar, e nessa época houve um desentendimento entre Slash e os demais integrantes, pois Axl Rose divulgou na mídia a alegadamente falsa notícia de que Slash havia ido até sua casa ofender os demais músicos do Velvet Revolver e pedir para voltar ao Guns N' Roses, e os colegas de Slash acreditaram inicialmente, mas após um tempo todos perceberam que tudo era inventado e o grupo começou a trabalhar novamente.[40]
Em 2007, a banda lançou o disco Libertad e iniciou uma segunda turnê mundial.[41] Durante uma apresentação em 2008, Scott anunciou para o público que seria última turnê da banda, e ele deixou o grupo no mês seguinte para se reunir ao Stone Temple Pilots,[42] e mesmo assim o grupo não acabou oficialmente, apenas está em pausa já que todos os outros integrantes estão ocupados com outros projetos.[37] No início de 2010, a banda começou a escrever novas canções e a fazer testes com novos cantores, e até janeiro de 2011, já haviam sido gravadas nove demos, mas em abril Slash afirmou que eles tinham sido incapazes de encontrar um cantor adequado e que o Velvet Revolver permaneceria em hiato para os próximos anos, enquanto seus membros se concentram em outros projetos.[37]

[editar]Carreira solo (2008-presente)

Já em setembro de 2008, Slash começou a gravar canções para seu álbum solo de estreia que ele, a princípio, planejava chamar de Slash and Friends, mas quando o Velvet Revolver se separou ele decidiu titular o disco de apenas Slash e usá-lo como início de uma carreira independente, mas manteve a ideia original de gravá-lo ao lado de diversos músicos e cantores diferentes.[43] O disco possui a voz de cantores como Ozzy Osbourne Fergie e foi lançado em abril de 2010, chegando ao terceiro lugar da Billboard 200 e sendo grande destaque nas paradas de dezenas de países em todos os continentes.[44] O guitarrista anunciou uma turnê promocional e para acompanhá-lo ele montou uma banda de apoio com o vocal de Myles Kennedy, que também esteve no álbum, e entre 2010 e 2011 eles realizaram concertos ao redor do mundo, a Slash World Tour, contando com duas datas em Portugal, nas cidades de Lisboa e Porto,[45] e também três datas no Brasil, nas cidades de São PauloRio de Janeiro e Curitiba.[46][47][48] O guitarrista ainda voltou a Portugal para se apresentar no festival Super Bock Super Rock de 2011.[49]
Após uma curta pausa, Slash reuniu seus músicos novamente e o grupo começou a trabalhar em seu segundo disco, Apocalyptic Love, lançado em maio de 2012, dessa vez com sua banda e seu cantor, Myles, tocando em todas as faixas, creditados no encarte do disco como "Myles Kennedy and the Conspirators".[50] O álbum chegou ao quarto lugar daBillboard 200,[51] e já naquele mesmo mês de maio Slash e seus músicos iniciaram sua nova turnê mundial, a Apocalyptic Love World Tour, que ainda não tem datas marcadas para Portugal mais vai passar pelo Brasil com datas nas cidades de Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Brasília e Porto Alegre, e a turnê vai prosseguir até o fim de 2013, e o guitarrista já revelou que ele já está trabalhando em novas ideias ao lado de seus músicos para um próximo álbum.[52]

[editar]Colaborações e parcerias famosas

Ao longo de sua carreira, Slash tocou ao lado de grandes nomes da música mundial, tanto grupos quanto artistas individuais, dos mais variados estilos. Em 1991, ele em duas faixas do álbum Dangerous, de Michael Jackson, sendo elas "Give in to Me" e "Black or White", aparecendo no vídeo da primeira canção ao lado do cantor.[53] Em 1995, Slash tocou em "D.S.", uma canção controversa de Michael no disco HIStory,[53] e em 1997 participou da canção "Morphine", no álbum Blood on the Dance Floor.[53] Em 2001, Slash tocou em "Privacy" no disco Invincible, e no mesmo ano se apresentou no concerto especial que o cantor organizou no Madison Square Garden de Nova Iorque em comemoração ao seu aniversário de quarenta anos.[54]
Em 1993, Slash apareceu no álbum Stone Free: A Tribute to Jimi Hendrix na faixa "I Don't Live Today" ao lado do cantor Paul Rodgers e do grupo Gypsys.[55] Em 1996, o guitarrista tocou com Alice Cooper no clube de Sammy Hagar em Cabo San Lucas, no México, e o concerto foi lançado como o DVD A Fistful of Alice.[56] Em 1997, Slash apareceu ao lado do rapper Ol' Dirty Bastard na regravação de seu sucesso "Fix", aparecendo também em seu respectivo vídeo.[54] Em 2000, Slash acompanhou Ronnie Wood, dos Rolling Stones, em sua canção "Far East Man", e também o acompanhou durante uma turnê pelo Reino Unido.[57] Ainda naquele ano, Slash tocou ao lado do renomado pianista Ray Charles na canção "God Bless America Again", e também gravou para seu álbum Ray and Friends, mas depois que Ray morreu a parte de Slash foi cortada da versão final.[57]
Em 2003, Slash participou do álbum de retorno dos YardbirdsBirdland, tocando a guitarra principal na faixa "Over, Under, Sideways, Down'.[57] Em 2005, Slash acompanhou um de seus ídolos, Eric Clapton, na canção "Tears in Heaven", cujos lucros foram revertidos para instituições de caridade nos Estados Unidos.[57] Em 2008, Slash voltou a tocar com Alice Cooper no álbum Along Came a Spider e[58] no ano seguinte, foi destaque no single da cantora barbadense Rihanna, "Rockstar 101", retirado do seu álbum Rated R.[59]

[editar]Trabalhos em outras mídias

No decorrer de sua carreira, Slash já participou de diversos filmes e programas de televisão, sempre em papéis pequenos, e também já compôs várias trilhas sonoras para cinema e televisão.[60] Em 1988, Slash e os demais integrantes do Guns N' Roses apareceram no filme The Dead Pool, com a canção da banda, "Welcome to the Jungle", sendo a principal faixa na trilha sonora do filme.[21] Em 1994, o guitarrista interpretou um radialista na popular série de terror Tales from the Crypt, e posteriormente atuou em muitas outras séries, como a popular MADtv, em 2005.[57] Em 2003, Slash dublou uma versão fictícia de si mesmo na série animada Kid Notorious, de Robert Evans, que na vida real é um grande amigo e vizinho de Slash em Los Angeles.[57]
Em 2009 o guitarrista foi um juiz convidado no programa de calouros American Idol,[61] e em 2010, Slash anunciou que havia fundado uma produtora de filmes independentes, a Slasher Films, e sua primeira produção, um filme chamado Nothing to Fear, está atualmente em pré-produção. O filme conta a história de uma família que se muda para um casa nova, e eventualmente descobrem que a casa fica próximo à entrada do inferno,[62] e o guitarrista já anunciou que ele mesmo vai compor a trilha sonora.[62] A maior experiência de Slash com trilhas sonoras ocorreu em 1996, quando ele compôs o tema principal do filme Curdled, de Quentin Tarantino, a canção chama-se "Obsession" e tem os vocais da cantora espanhola Marta Sánchez.[32]
Em 2007, Slash foi lançado como personagem no jogo Guitar Hero III: Legends of Rock, com sua performance tendo sido captada através de detectores de movimento para ser reproduzida no jogo.[63] A princípio, o guitarrista é um oponente e precisa ser derrotado em uma performance de "Welcome to the Jungle", mas se torna um personagem selecionável ao jogador caso seja derrotado.[63] Também em 2007, o guitarrista lançou sua autobiografia, chamada simplesmente de Slash, escrita em parceria com Anthony Bozza, e o guitarrista também colaborou com a autobiografia do músico Nikki Sixx, chamada The Heroin Diaries: A Year in the Life of a Shattered Rock Star, também lançada em 2007.[43]

[editar]Estilo musical e influências

Slash cresceu em um ambiente artístico variado, tendo contato com todos os estilos de música através dos clientes de sua mãe Ola, uma famosa figurinista de Los Angeles.[19] A primeira banda de rock and roll que Slash realmente admirou foi Aerosmith, que ele conheceu através de seus amigos de escola com o disco Rocks, em 1976, que continua como disco favorito dele até hoje, e Slash também era grande fã da banda Led Zeppelin e de seu guitarrista, Jimmy Page, que foi sua maior inspiração quanto a seu instrumento.[19] Nos anos 70, outra banda que se destacou foi Van Halen e seu guitarrista, Eddie Van Halen, que também foram muito importantes para Slash em sua adolescência.[19]

Slash ao vivo em 2007.
Como guitarrista, Slash estabeleceu carreira como músico de hard rock, e suas performances no palco possuem influências do blues e do jazz, que refletem no modo como Slash dedilha o instrumento e também em sua postura.[19] O primeiro álbum do Guns N' Roses foi pesado, e Slash tocou de uma forma dinâmica, influenciado principalmente pelo Motörhead, e o disco inteiro soou como um trabalho depunk rock, mas no trabalho seguinte, nos dois volumes Use Your Illusion, o som foi mais trabalhado, com muita presença de teclados e sintetizadores, principalmente por vontade de Axl Rose, e Slash realizou performances mais controladas, deixando suas influências dojazz em maior evidência, principalmente em canções como "Estranged" e "November Rain", e segundo o guitarrista essas performances foram espelhadas em músicos como Chuck Berry e Eric Clapton.[21][32] Slash descreveu o som desses dois álbuns como "épico e grandioso", o que, segundo ele, era algo bom ou ruim dependendo do ouvinte.[32]
Com o Snakepit, Slash lançou canções puramente baseadas no hard rock, com guitarras soando pesadas e melodias rápidas,[35] e essa mesma linha foi seguida com o Velvet Revolver, mas o envolvimento de outros compositores levaram o som da banda a ser mais diversificado. Também, muitos avaliadores fizeram comparações inevitáveis com os trabalhos anteriores dos integrantes, e a banda foi descrita como "uma boa herança dos Stone Temple Pilots na maioria das músicas, que melhoram quando ouvidas de novo", e terminou os defindo como "encorajadores".[64] Slash revelou que muitas faixas possuem influências do grunge, baseadas em bandas como o Nirvana.[40] Em sua carreira solo, Slash voltou ao rock que ele descreve como "básico", fazendo canções apenas com os elementos tradicionais de uma banda, sem teclado ou outros tipos de complemento, com seu segundo disco sendo considerado o mais pesado de sua carreira.[50]

[editar]Equipamento


A tradicional guitarra Gibson Les Paul Standard 1959 que Slash usa há mais de vinte anos.
Atualmente, Slash possui uma coleção com mais de cem guitarras diferentes.[65] Desde o início do Guns 'N Roses até os dias atuais, Slash utiliza a guitarraGibson Les Paul, que ele chama de "a melhor guitarra para mim", e a companhia de fabricação, a Gibson, considera Slash o responsável por renovar sua popularidade.[65] A principal guitarra de Slash é uma Gibson Les Paul Standard 1959, réplica da guitarra de Joe Perry, e Slash a usou em todas as suas gravações profissionais subsequentes.[66] Também desde o início do Guns N' Roses, Slash usa um Gibson Les Paul Standard 1988 ao vivo, esta guitarra já teve seu braço quebrado em dois lugares, mas Les Paul, criador do modelo, fez os reparos necessários e o músico continuou a usá-la.[67]
Quanto aos amplificadores, Slash prefere os da marca Marshall, principalmente o Silver Jubilee JCM 2555-amp, sendo que ele usava um Marshall 1959 nos primeiros anos do Guns N' Roses, regulando o equipamento para quatro EL34 na parte de potência e três ECC83 no pré-amplificador.[68] Para gravar "Contraband" com o Velvet Revolver, Slash usou um Vox AC30 e um par de pequenos Fenders, e para gravar "Libertad" ele usou um Marshall Vintage Modern 2466-amp.[68] Para sua carreira solo, tanto no palco quanto em estúdio, Slash passou a usar um Marshall AFD100-amp.[68]
Slash já cedeu seu nome para a Gibson onze vezes para a criação de marcas de guitarra especias, três delas através da Gibson USA, quatro através da Gibson Custome Shop e quatro através da Epiphone, uma subdivisão da Gisbon.[65] Ele também já cedeu seu nome para outras empresas de eqipamentos, dentre elas a Marshall, que lançou uma linha de amplificadores chamada de Slash Signature JCM 2555, limitada em três mil cópias,[65] em 2007 a Dunloplançou a linha de pedais Crybaby SW-95 Slash Signature Wah,[69] e em 2010 a Seymour Duncan lançou a linha de captadores Alnico II Pro Slash APH-2, designada para criar um tom semelhante ao que Slash cria em estúdio.[70]
Também em 2010, a Marshall lançou a linha Marshall AFD100, uma réplica do amplificador Marshall 1959 que Slash usou para gravar o álbum Appetite for Destruction, uma linha limitada em duas mil e trezentas cópias.[68] A B.C. Rich também lançou a B.C. Rich Handcrafted Mockingbird, uma réplica da guitarra vermelha que Slash utilizou no clipe da canção "You Could Be Mine", do Guns N' Roses.[65] A réplica tem o braço de cor marrom claro e o corpo em mognocom a parte externa também em marrom (a original de Slash tem a parte externa do corpo em preto), trazendo tarrachas Grover Super Rotomatic em forma de diamante, uma ponte Floyd Rose e captadores Seymour Duncan Alnico II, com o acabamento em vermelho transparente.[71]

[editar]Recepção e legado cultural

Slash sempre recebeu aclamação mundial da crítica, sendo hoje considerado um dos melhores guitarristas de todos os tempos e uma grande influência para artistas atuais. Em 2005, Slash foi nomeado o melhor guitarrista de todos os tempos pela revista Esquire,[72] e em 2007 a revista Metal Hammer o chamou de "o senhor dos riffs" na quarta edição do Golden Gods Awards.[73] Em 2008, Slash ficou em vigésimo primeiro lugar na lista da Gigwise dos "50 Maiores Guitarristas da História",[74] e no ano seguinte ele foi vice-líder na lista dos "10 Melhores Guitarristas" feita pela revista Time.[75] Em 2011, a conceituada revista Rolling Stone o deixou em sexagésima quinta posição em sua lista dos "100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos".[76]

Slash ao vivo em 2007.
Em 2004, o solo inicial de Slash na canção "Sweet Child O'Mine" ficou no topo da lista da Total Guitar dos "100 Maiores Riffs",[77] e seus solos nas canções "Paradise City", "Welcome to the Jungle" e "Out Ta Get Me" também entraram na lista, na décima nona, vigésima primeira e quinquagésima primeira posição nessa ordem.[77] Em 2006, na mesma revista, o solo de "Paradise City" foi votado pelos leitores em terceiro lugar na lista dos "100 Riffs de Guitarra Mais Quentes",[77] enquanto que os solos em "Sweet Child O'Mine" e "November Rain" foram votados em trigésimo e octogésimo segundo lugar nessa lista.[77] Em 2008, a Guitar World colocou o solo de "November Rain" em sexto lugar na lista dos "100 Greatest Guitar Riffs",[78] enquanto que o solo de "Sweet Child O'Mine" ficou em trigésimo sétimo lugar.[79] Em 2010, os leitores dessa mesma revista deixaram o solo de "Slither" em segundo lugar na lista dos "50 Maiores Riffs da Década",[80] enquanto que o solo de "By the Sword" ficou em vigésimo segundo lugar.[81]
Em 2007, Slash ganhou uma estrela na Calçada da Fama do Rock, ao lado de Jimmy PageEddie Van Halen e Jimi Hendrix,[72] e em 2010 ele foi homenageado no Sunset Strip Music Festival, quando o prefeito de Los Angeles declarou aquele 26 de agosto como o "dia do Slash".[72] Em 2012, o guitarrista foi introduzido no Corredor da Fama do Rock and Roll como parte da formação clássica do Guns N' Roses, apresentando no evento as canções "Paradise City", "Sweet Child O'Mine" e "Mr. Brownstone" ao lado de Duff McKaganSteven AdlerMatt Sorum e Gilby Clarke, todos ex-membros do Guns N' Roses, sendo que Myles Kennedy foi convidado para os vocais, enquanto que Axl RoseDizzy Reed e Izzy Stradlinnão compareceram.[82] Mais tarde naquele ano, Slash ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, localizada bem em frente ao Hard Rock Cafe, no centro da famosa avenida Hollywood Boulevard.[83]

Fonte, biografia e discografia completa (aqui).